quarta-feira, 24 de março de 2010

Saudade

Ah, saudade...
Entra, toma comigo um café preto,
Que ainda, eu te garanto que é fresco
O que acabo de passar...

Vem saudade...
Apesar de eu saber que não é de toda bondade,
Me faz bem sentir você, sobre essa que me trás.
E que me faz saber da falta que ela faz...

Vem saudade...
Mas não traga sua escova nem suas roupas.
Porque não quero mesmo que durma aqui essa noite.
Porque as noites de saudade eu não pego no sono.
E por falar nisso,
Faz tempo que não me pego nesse ai.
Quando sei que não vou ter quem tenho por saudade.
É isso na verdade...
Hoje não dá pra você ficar.

Mas venha aqui
Que eu to sozinho.
E pensar nela me dá carinho.
E me faz lembrar
Que eu já fui feliz.
Sendo tão triste
E tão sozinho.

Eu havia me esquecido que as noites
Eram tão frias.
E a cama era tão grande.
Vem saudade...
Vem passar mais uma tarde...
Vem até a noite,
Que era a hora dela chegar.
A noite você vai...
Porque a noite é hora dela.
E até ela deixar de me dar saudade,
Toda a noite é como antes.
Mesmo que ela não se sente aqui diante de mim.
Eu vou estar na janela olhando as luzes da cidade.
Ouvindo os carros de passagem.
Com as luzes desligadas.
Com a pele descamisada.
Olhando pra curva do mundo...
E nessa hora...
Quando acho que você se foi,
Eu sei que deixou alguma coisa sua em mim
Por está escondida,
Está.
E eu sei que eu tenho saudade.
Eu tenho saudade sim.

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